Por: Bruno Iorio

Certamente, a qualidade e o preço acessível são fatores primordiais que você pondera ao fazer suas seleções nas prateleiras do supermercado. Além disso, a automação na indústria alimentícia é um conceito que se destaca nesse contexto, pois atender a esses critérios representa um desafio considerável. Afinal, para assegurar sua posição no mercado, as empresas do ramo de alimentos e bebidas estão explorando tecnologias inovadoras a fim de fornecer produtos de excelência em larga escala e, simultaneamente, conter os custos.

Nesse sentido, as corporações líderes no segmento estão investindo na automatização das suas linhas de produção. A pesquisa intitulada “Food Automation Market,” conduzida pela Meticulous Research, prevê que esse mercado alcance a cifra de US$ 29,4 bilhões até o ano de 2027.

A automação na indústria alimentícia abrange várias áreas, do gerenciamento de estoque à produção e empacotamento. A implementação de sistemas automatizados oferece vantagens significativas, incluindo a redução de erros humanos. Máquinas automatizadas executam tarefas com precisão, eliminando erros do trabalho manual, resultando em produtos de alta qualidade e menos desperdício.

Torna-se cada vez mais crucial a flexibilidade na produção para atender às novas exigências do mercado. Anteriormente, obter preços baixos era viável apenas em produções em grande escala, o que decorria de setups demorados e complexos, causando perdas significativas até a otimização da produção. Diante das mudanças contínuas nas tendências de consumo, as indústrias devem agora manter uma ampla gama de produtos nas prateleiras dos supermercados. Isso se deve à perecibilidade dos itens, tornando essencial a produção baseada no perfil de consumo, a fim de minimizar o desperdício e aumentar a disponibilidade dos produtos com a intensificação da demanda.

Automação na indústria alimentícia: eficiência e versatilidade na produção

Atualmente, essa conquista só se materializou graças à crescente adoção da automação nos processos e maquinários que compõem o segmento de alimentos e bebidas. Ao empregar elementos como servo acionamentos, é viável ajustar a configuração das máquinas, ou seja, realizar o setup, por meio de um simples toque na interface da tela IHM. Isso permite adaptar a produção para múltiplos tipos de produtos de maneira eficaz.

Antigamente, com a maioria das máquinas operando em cames mecânicos, alterar configurações era demorado, inviabilizando a produção de lotes menores. Por conseguinte, era frequente encontrar uma gama limitada de produtos e até mesmo embalagens de único tamanho. Hoje em dia, é corriqueiro deparar-se com embalagens em formatos pequenos, médios e grandes, bem como edições especiais (comemorativas), produzidas em quantidades reduzidas.

Em síntese, a automação na indústria alimentícia proporciona uma série de vantagens. Ou seja, que vão desde a ampliação da eficiência e produtividade até uma maior adaptabilidade na produção. À medida que as empresas se esforçam para se manterem competitivas em um mercado em constante mutação, a automação surge como uma ferramenta essencial para catalisar o crescimento e o sucesso. Ademais, ela se alinha aos requisitos de ESG, contribuindo para uma cadeia de produção mais sustentável e para uma sociedade mais justa.

 

Bruno Iorio é especialista de produto da Mitsubishi Electric.


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