A dieta plant-based, que se baseia no consumo de ingredientes de origem vegetal, tem ganhado destaque no Brasil. Embora compartilhe semelhanças com o veganismo, a principal diferença é a exclusão de alimentos industrializados da alimentação.
No Brasil, essa tendência está em alta e já movimenta R$ 1,1 bilhão, de acordo com um estudo da Euromonitor. Com as mudanças nos hábitos de consumo, os consumidores estão cada vez mais atentos à necessidade de um estilo de vida saudável e preocupados com o meio ambiente.
Assim, produtos à base de plantas estão associados a ingredientes mais sustentáveis e saudáveis, embora seja importante aprofundar o conhecimento sobre o tema e, se possível, contar com a orientação de um nutricionista para evitar possíveis impactos negativos à saúde.
Setor deve superar R$ 2 bilhões em investimentos até 2026
Com a tendência de crescimento nos últimos anos, a Euromonitor estima que o mercado plant-based deve atingir R$ 2,2 bilhões em receitas até 2026. No entanto, especialistas acreditam que o cenário atual indica que esse valor será superado.
A busca por uma alimentação saudável é uma tendência global, com a democratização do acesso à informação. O consumo de ingredientes vegetais traz benefícios, como a redução do risco de obesidade e outras doenças crônicas.
Além disso, novas técnicas estão sendo integradas para melhorar a qualidade desses alimentos, principalmente em relação ao sabor e à textura.
Outro ponto importante é que essa categoria de alimentos está relacionada a práticas mais sustentáveis, que causam menos danos ao meio ambiente, especialmente quando comparada à produção de produtos de origem animal.
Essas mudanças têm o potencial de moldar o setor de alimentos no futuro, e as empresas deste mercado devem ficar atentas. Dessa forma, o portal Food Connection oferece informações atualizadas sobre a indústria de alimentos e bebidas, tanto no Brasil quanto no cenário global.
Leite vegetal está em alta no mercado
Considerado o principal produto dentro da categoria plant-based, o leite vegetal é responsável por 66,8% das vendas desse segmento e também apresenta resultados positivos.
Dados de 2023 mostram que o aumento das vendas desse item foi de 9,5%, com receitas superiores a R$ 612 milhões. Diferente da versão tradicional, o leite vegetal surge a partir de ingredientes como grãos, tubérculos e cereais.
Alguns exemplos incluem leite de soja, arroz e amêndoas. Como cor e textura têm semelhanças com a versão convencional, o termo é popularmente utilizado, mas de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), só pode ser considerado leite o produto ordenhado de mamíferos, como a vaca.
Geração Z tem papel central na demanda por alimentos plant-based
A Geração Z, composta por pessoas que, em 2025, terão entre 13 e 28 anos, desempenha um papel essencial na demanda por alimentos à base de plantas. Esse público tende a valorizar temas como ética e sustentabilidade, optando por alimentos mais alinhados com esses valores.
Dessa forma, a saúde tem se tornado prioridade para as empresas alimentícias, que buscam reduzir a presença de ingredientes prejudiciais ao organismo, como gorduras e sódio.
No entanto, alguns desafios ainda precisam ser superados. A diferença de preços entre alimentos plant-based e os convencionais continua sendo um obstáculo para atrair um público maior. Além disso, é necessário avançar na transparência dos rótulos e nos ingredientes utilizados.
Com o avanço de novas tecnologias, a expectativa é de que essas barreiras se tornem menores nos próximos anos. Dietas restritivas, como a plant-based, devem ganhar mais espaço, exigindo que a indústria se adapte a esse novo cenário.
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